Epidemiologia

Os dados estatísticos mais recentes indicam que a incidência desse tipo de infecção depende do método de diagnóstico utilizado e da população avaliada. A faixa etária de maior acometimento situa-se entre 20 e 40 anos, com o pico de incidência entre 20 e 24 anos, tanto na população feminina como masculina. É importante registrar que há estudos demonstrando que a prevalência de infecção pelo HPV é maior na raça branca que na raça negra, sendo encontrada também nos indígenas.

Em relação à distribuição mundial temos países com maior incidência que outros, como ocorre na Colômbia onde a incidência de HPV e câncer de colo uterino é muito elevada, ao contrário do que ocorre na Espanha.

Em relação ao câncer de esôfago e associação com o HPV, sabemos que o povo chinês e africano apresenta maior incidência.

No Brasil, na região Nordeste, em especial Recife, temos um maior índice de HPV e câncer de colo uterino.

Conhecida desde a antiguidade, as infecções genitais pelo HPV chamaram atenção a partir da década de 80, quando se identificou a correlação destas lesões como câncer de colo uterino. Mais de 150 tipos até o momento foram identificados, dos quais apenas 35 tipos podem infectar a região anogenital feminina e masculina.

O HPV é um vírus universal, que não tem preferências, quer seja quanto ao sexo, idade, raça, localização.

Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-abrasões (micro-traumas) da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto e uretra. E ainda, sua presença foi encontrada no líquido amniótico (líquido que envolve o feto na vida intrauterina).

O HPV é um vírus com DNA de dupla hélice, com aproximadamente 8.000 pares de bases nitrogenadas que codificam todas as funções do vírus. A partícula viral tem 55 nanômetros (nm) de diâmetro, sem envelope lipídico.