HPV e Olhos e Laser na Oftalmologia

A Oftalmologia há muitos anos vem se beneficiando com a utilização do laser em várias sub especialidades.

olhos

Cirurgia Refrativa EXCIMER LASER

Cirurgia Refrativa EXCIMER LASER ArF comprimento de onda 193nm.

A correção de vícios de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo) pelo laser tornou a cirurgia mais previsível e com baixa porcentagem de riscos. Esta cirurgia vem, ano após ano, sendo umas das cirurgias mais realizadas mundialmente. As técnicas PRK e LASIK, associadas a aparelhos de diagnóstico em constante evolução, possibilitam rápida recuperação visual com mínimo desconforto pós-operatório. Na técnica PRK a aplicação do laser na córnea é feita após desepitelização. Na técnica LASIK é feito um corte longitudinal na córnea com microcerátomo, rebate-se esta fina lâmina de tecido corneano para posterior aplicação do laser no estroma da córnea. Atualmente existe também laser para fazer o corte na córnea semelhante ao realizado com o microcerátomo, utilizado na técnica LASIK. Conhecido como intralase, esta em fase inicial.

Pode-se utilizar o excimer laser também em opacificações de córnea superficiais resultantes de lesões prévias, conhecido como PTK. Neste caso não há interesse de correção de grau, mas sim de retirar parte do tecido corneano que está opacificado.

Nos últimos anos o Excimer laser tem evoluído, sendo que inicialmente utilizava-se broad beam (feixe largo) e hoje utiliza-se o scanning beam ou flying spot ou de varredura (feixe pequeno). Isto exigiu associar-se ao Excimer laser o eye track para garantir que o tratamento a laser acompanhe a movimentação ocular por menor que seja durante a cirurgia.

O Aberrômetro ou Wave Front veio trazer tratamento não só das Ametropias, mas também de aberrações que o candidato à cirurgia refrativa possa ter com resultado visual pós-operatório superior ao que se tem obtido até estes últimos anos.

Retina  LASER: ARGÔNIO, DIODO

A retina foi uma das precursoras na utilização do laser em medicina, já na década de 60. Inicialmente utilizou-se laser de Xenônio, de Rubi e de Kriptônio.

Atualmente laser utilizado é o Argônio e Diodo.

TTT – Termoterapia transpupilar (laser de Diodo vermelho): realizada em Degeneração Macular relacionada à Idade , melanomas de Coróide.

TFD – Terapia Fotodinâmica com Verteporfina (Visudyne) :realizada em Degeneração Macular relacionada à Idade

Argônio ou Diodo verde : útil em lesões de retina na Diabetes (neovasos na Retinopatia Diabética), degenerações de retina miopica , roturas de retina e intra-operatório de cirurgias de retina.

Diodo (vermelho): retinopatia da prematuridade.

Catarata PÓS OPERATORIO: Nd:YAG LASER

Algum tempo após a cirurgia da catarata, muitas vezes é necessário fazer yag laser na cápsula posterior que pode ter se opacificado (Capsulotomia).

Outras utilizações de laser:

  • Existe ainda a técnica de extração de cristalino pelo laser, embora a técnica de facoemulsificação seja mais aceita atualmente.
  • Exame pré-operatório: para avaliação de acuidade visual nas opacificações de meios, pode-se empregar, através de um feixe de laser ou de luz (mais freqüentemente utilizado), o teste PAM que orienta quanto ao prognóstico da visão pós-cirúrgica .

Glaucoma LASER: ARGÔNIO, Nd :YAG

Algumas intervenções cirúrgicas com a finalidade de abaixar a pressão intra-ocular podem ser feitas pelo laser que torna a técnica menos invasiva. Temos:

  • iridectomia a laser (Nd:YAG) feita em consultório, otimizando custos e recuperação,
  • trabeculoplastia a laser Argônio,
  • ciclofotoablação (Nd:YAG),
  • iridoplastia com laser de Argônio.

Dacriocistorinostomia transcanalicuar

Procedimento que pode ser realizado atualmente utilizando a fibra óptica do laser de Diodo através do canal lacrimal, com menor agressão e bons resultados. As dacriocistorinostomias anteriormente a esta técnica, eram sómente realizadas através de uma via externa ou por uma via endonasal. Nas externas, para se realizar a fístula entre a via lacrimal obstruída e a cavidade nasal, é necessário se fazer uma incisão na porção nasal inferior do rebordo orbitário, se fraturar e remover estruturas ósseas, para finalmente se acessar o nicho onde se realizará a desobstrução. Este é um procedimento bastante efetivo, porém, muito traumático e onde normalmente se necessita do uso da anestesia geral. Nas endonasais, a cirurgia é toda realizada pela cavidade nasal, sob visão endoscópica tendo que se introduzir pela mesma, além do equipamento óptico, todo equipamento cirúrgico.

Na técnica transcanalicular o acesso da região da fístula se faz com extrema facilidade através da introdução da fibra óptica pela própria via lacrimal. Assim, o laser é levado exatamente ao ponto onde  se deseja fazer a desobstrução e com o uso do laser de Diiodo a perfuração da parede é feita com muita rapidez sem qualquer lesão dos tecidos adjacentes, sendo todo o procedimento realizado sob anestesia local.